sexta-feira, janeiro 24, 2014

SOCIALISMO RIDÍCULO

PS divorcia-se de Hollande .

" Conta hoje o semanário Sol que o Partido Socialista sente-se traído por François Hollande, que anunciou um duro programa de austeridade em França. Tendo apostado forte no PR francês, indicando-o como uma esperança para a Europa e uma alternativa a Merkel, o PS português está desiludido. Manuel Alegre define-o como "um funcionário sem chispa" e Seguro passou a ignorá-lo."

 Depois dos socialistas portugueses terem passado 3 anos seguidos a verberar a política de austeridade e de controlo rigoroso do deficite orçamental, dando como exemplo o Socialista Francês Hollande, o Messias da Esquerda que pegava na França para a levar à riqueza e ao progresso sem fazer qualquer corte nas despesas, antes pelo contrário, porque - diziam os socialistas em coro - a crise europeia supera-se pelo lado da procura, aumentando salários e pensões para que os cidadãos fiquem com mais dinheiro e possam consumir mais, obrigando as empresas a produzir mais e a criar mais emprego, eis que são confrontados com o exacto contrário.
Afinal a crise supera-se cortando a despesa pública e baixando salários e pensões - diz agora  Hollande. Por uma simples razão: o princípio expansionista da massa salarial faria sentido se esse aumento ocorresse à custa de fundos ou poupanças próprios que não comportassem custos. Mas como esses aumentos pelo lado da procura são efectuados à custa do crédito - do agravamento da dívida pública -, e esse crédito tem um preço - paga juros -, a equação fica de impossível resolução, pois que os juros da dívida pública que se pagam a mais não compensam o acréscimo momentâneo do produto causado pelo choque inicial do aumento da procura. Em breve esse esquema evolui para uma espiral recessiva. Que foi exactamente o que aconteceu em França. De tal modo que o Presidente Francês, depois de ter apregoado que era pelo lado da procura e da expansão do consumo interno que iria recuperar a economia francesa, percebeu agora que vai ser obrigado a optar pela via da repressão severa do consumo, baixando pensões - para reduzir os custos do endividamento -, baixando salários - para baixar os custos de produção às empresas e torná-las mais competitivas e - REPAREM NESTA - baixando a TSU às empresas. Ou seja, baixando a contribuição que as empresas têm de pagar à Segurança Social. A propósito da TSU, todos nos lembramos da queda do Carmo e da Trindade quando se tentou em Portugal esse mecanismo clássico de desvalorização fiscal, substituta da cambial, num quadro de moeda única. Ou seja, Hollande está a fazer tudo ao contrário do que anunciou, exactamente porque a realidade nada tem a ver com as configurações que os socialistas fazem da vida real e concreta. Depois de ter sido idolatrado pela Esquerda europeia, em especial, pelos socialistas portugueses, Hollande está agora transformado "num lacaio da Troika, num tenebroso neo-liberal, num capitalista ranhoso e rasca a soldo do imperialismo capitalista, visando a aplicação de uma agenda neo-liberal que vai conduzir os povos à pobreza e ao retrocesso civilizacional". Teremos todos presente que este era o discurso dos socialistas portugueses dirigido àqueles que tentaram salvar Portugal de mais uma Bancarrota provocada por 15 anos de governação socialista.
E qual a explicação de Hollande ? - "Sou social, reformista e realista, mas sobretudo patriota",  Pois, o homem é socialista, mas é sobretudo patriota. Coisa que os socialistas portugueses nem sonham o que seja.