segunda-feira, outubro 21, 2013

SE O RIDÍCULO PAGASSE IMPOSTO


 A Troika que emprestou dinheiro à República Portuguesa para evitar a bancarrota a que o governo do socialista Sócrates condenou Portugal não praticou qualquer acto de filantropia ou de generosidade para com o Povo Português. A Troika representa o conjunto dos credores da dívida que já existia à data da bancarrota e o empréstimo suplementar concedido mais recentemente visava evitar a insolvencia da República Portuguesa. Pois que essa falência faria com que os credores não viessem a receber coisa alguma por conta da dívida antiga. Assim, os credores emprestaram mais dinheiro com a intenção de viabilizar a continuidade económica da República visando o recebimento futuro dos juros vincendos e das amortizações parciais da dívida antiga. Em bom rigor os investidores financeiros tiveram que optar entre não receber mais nada e perder tudo o que tinham antes emprestado ou emprestar mais dinheiro para que viessem a cobrar o anterior e mais o actual. Por outro lado, os juros praticados pela Troika estão muito acima do que seria um rendimento justo para o dinheiro emprestado. Por isso, só em juros usurários proporcionados pela situação de urgência, os investidores estão a receber 5 vezes mais do que receberiam se não existisse essa situação de emergencia nacional. Mais, porque os prazos de amortização da dívida externa são longos, os juros pagos acabam por duplicar o montante da dívida inicial. Basta contabilizar uma taxa de 5% ao ano durante 20 anos de amortização de uma tranche de dívida para se perceber que só em juros se acaba por pagar o montante equivalente ao da dívida inicial. Por isso, os investidores financeiros internacionais estão longe de poder merecer a minha consideração pessoal. Uma coisa é eu sentir, como Cidadão Português, que a dívida pública tem que ser integralmente paga. É isso que decorre da honra e da honestidade que devemos manter em sociedade. Coisa diferente é eu achar que devo algum favor pessoal aos credores representados pela Troika. Esses investidores financeiros estão a ganhar com o Povo Português o mais que podem e conseguem. Esses investidores estão a explorar o Povo Português aproveitando-se de uma situação de miséria causada pelos políticos portugueses, em especial, pelos políticos socialistas portugueses. Fazer manifestações contra a Troika defendendo o não pagamento da dívida externa é tão ridiculo como agradecer o empréstimo concedido pelos investidores representados pela Troika. Se eu ainda for vivo quando o grosso da dívida pública for paga aos credores estrangeiros - o que eu duvido, pois que nem os meus filhos terão esse prazer - o que poderia e deveria ser dito aos credores da Troika seria: "Tomem lá a porcaria do dinheiro, passem o recibo e vão todos para o raio que vos parta. Espero nunca mais vos ver em Portugal, nem de férias".

Em tempo: os telejornais da noite deram conta de que esta manifestação afinal foi um exercício de non-sense por parte do Movimento "Que se lixe a Troika", que é o braço armado (em parvos) do Bloco de Esquerda. Uma dúzia de pseudo-actores mascarados de burgueses apareciam a dizer as coisas habituais ao respectivo manifesto panfletário. A forma como a Comunicação Social durante a tarde pré-noticiou o evento não deixa dúvidas sobre a sua cumplicidade. Concederam os habituais 5 minutos de tempo de antena. Um dia destes os tipos do "Que se lixe a Troika" vão ter que se despir para lograr a atenção. Apesar de  solícita, prestável e  sempre disponível, a Comunicação Social  é um monstro que exige sempre mais e que já vai ficando saturada de palhaçadas da  esquerda-caviar. Um dia destes vão ter mesmo que mostrar o cúzinho ao pessoal. E é se querem aparecer na TV.

O título do Poste mantém-se. O ridículo não desapareceu.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

apoiado

11:57  

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