terça-feira, abril 30, 2013

A MINHA PÁTRIA SÃO OS AMIGOS

 Em 31 de Julho de 2008, a encerrar mais um ano judicial eu escrevi o seguinte texto cuja actualidade é por demais evidente.

"Modestamente consegui atingir mais uma anuidade. Laboral e pessoal. Apesar do país estar de rastos. Vou beber um copo. Os homens e as mulheres da minha geração já não acreditam. A geração de Maio de 68, a contestatária, a libertária, e democrática - aquela que tinha a solução para os problemas da fome e da guerra e do capitalismo e da repressão de mentalidades - montou-se de tal modo no poder político e económico que asfixiou o País. Os Sampaios, os Lourenços, os Benards, os Judices, os Pinas, os Coelhos transformaram-se na geração eucalipto. Esgotaram tudo o que os rodeia em benefício da sua sobrevivência. Tão altruístas, tão solidários e tão patrióticos que eles eram...
Já não somos um país. Somos apenas um aglomerado de pessoas unidas pelo cartão de contribuinte. Nada mais existe em comum. No presente ou no futuro. Mesmo assim, hoje vou beber um copo.
Cavaco Silva que representa um grupo que só difere dos socialistas/maçãos porque não é socialista/mação hoje vai falar ao país. E vai salvar a pátria. Como tantos outros. Há trinta e cinco anos que assisto a gajos a salvar a pátria...
Hoje vou beber um copo. À saúde dos amigos. É o que resta. A minha pátria são os amigos."

2 Comments:

Blogger Agnelo Figueiredo said...

Continua atual, sim senhor.

17:54  
Blogger aamorim said...

E que mais temos que não sejam os Amigos? Conhecidos e colegas, felizmente tenho muitos! Amigos... contam-se pelos dedos de uma mão. E nem são aqueles com quem convivo mais. Mas, estão sempre presentes, para o que der e vier. Esses sim, são os Amigos. Sem eles (e sem a família) nada somos...

20:53  

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