quarta-feira, abril 24, 2013

24 DE ABRIL



 A publicação do Decreto-Lei n.º 353/73 de  13 de Julho   que possibilitava aos milicianos do Quadro Especial de Oficiais a equivalencia para todos os efeitos  com  os capitães do quadro permanente, mediante a frequência de um curso intensivo na Academia Militar,   originou viva contestação dos capitães do quadro permanente.
Ou seja, o regime devido à falta de oficiais milicianos para as campanhas de Africa, teve que declarar  igualdade nas condições remuneratórias e de promoções entre os oficiais milicianos e os oficiais da academia.
E, assim,  a revolução de abril, que mais tarde veio a ser pintada com as cores da liberdade e da igualdade,    teve na sua génese o descontentamento corporativo, sindical e egoísta dos senhores capitães da Academia Militar que não aceitavam qualquer tipo de igualdade ou de equivalência com os Oficiais Milicianos que consideravam ser oficiais de categoria inferior..
Por isso, é bom que se perceba que, naquela altura, como agora, cada grupelho de interesses faz greves, sabota o país,  derruba governos, enfim, dispõe-se a tudo o que possa levar à defesa do seu estrito grupinho de interesses e da  panela lá de casa,  enquanto se está a borrifar  para o resto dos portugueses. Dos quais só se lembram para exigir que  não fujam ao pagamento dos impostos. A ganância pelos impostos da sociedade civil é tanta que em muitas situações passou a ser crime o não pagamento de impostos.