sábado, março 31, 2012

TÓ ZÉ MOLEZA

A propósito de um poste na Educação do meu Umbigo, deixei por lá um comentário que a seguir transcrevo.


"Depois da assinatura do memorandum pela mão de Sócrates e contrariados na pratica, todos e sem excepção, os princípios programáticos do PS ou a respectiva profissão de fé, só resta ao PS, em coerência, a liquidação e dissolução do partido. Por impossibilidade superveniente de realização dos fins estatutários. Ou continuar nesta triste figura de serem, em simultâneo, contra e a favor de tudo e de mais um caracol.
Nunca, como agora, o PS conseguiu preencher, no imaginário popular, a figura do político fala-barato que diz agora que sim, para logo após dizer que não sobre o mesmo assunto. A única firmeza ou coerência de Seguro é ser incoerente.
Porque esta coisa de aceitar mesmo contrariado as imposições da Troika também não é saudável para a integridade ética ou para a clareza lógica. O PS não pode defender em programa um conjunto da actuações económicas para o progresso da sociedade e, ao mesmo tempo, aceitar e apoiar, mesmo fazendo birra, que sejam os exactamente contrários princípios económicos a salvar o país da bancarrota para onde aqueles principios económicos socialistas conduziram.
Mais do que um problema político, é uma questão de mera lógica. Por isso, Paulo, não sejas cruel com o Tó Zé. O lugar dele, depois da firmeza e ‘hirtitude’ suicída do emigrante de luxo, só pode mesmo ser um lugar de firmeza condicionada.
Seguro, actualmente está para a política como a tesão do mijo, o coitus interruptus, a ejaculação precoce e a disfunção eréctil em geral estão para o sexo. E esta ‘gaija’ quente e carente que é o nosso Portugal, mais tarde ou mais cedo, vai meter-lhe os cornos.
E desconfio que não vai haver Viagra que o salve. A Ele ou ao PS. Politicamente falando, claro."