segunda-feira, dezembro 12, 2011

JÁ NÃO HÁ PACHORRA

(C) Henricartoon

Mais um fabuloso cartoon de Henrique Monteiro.

Pelo meu lado o ToZé já passou as marcas da parvoíce há muito tempo. No PS têm 50 gajos a inventar o que o TóZé deva dizer em cada dia, só para ocupar espaço na comunicação social e fingir que o PS ainda é solução para o que quer que seja.

Neste momento é mais do que claro que fracassaram as soluções macroeconómicas propostas pelo PS de Guterres e de Socrates: uma espécie de keynesianismo, baseado no aumento da massa monetária em circulação para estimular o consumo interno. Noutro tempo, fazia-se isso à custa da emissão de moeda e aumentava-se a inflacção - recordemo-nos dos governos de Mário Soares e das taxas a rondar os 30%. Ultimamente, não se podendo emitir moeda, contraíam-se empréstimos para aumentar artificialmente a massa monetária em circulação interna. Já se viu que isso não resulta, pois que esse dinheiro injectado na economia interna rapidamente vai para o estrangeiro no pagamento das importações daquilo que não produzimos e temos que comprar à Alemanha e aos Árabes. Esse sistema só teria bom resultado se esse dinheiro fosse utilizado na compra de produtos portugueses a produtores portugueses, pois aumentaria as encomendas e geraria emprego interno. Assim, o dinheiro despejado pelo PS na economia portuguesa aumentou, isso sim, o emprego na indústria automóvel alemã e francesa.


O patético TóZé, caso quisesse ser útil ao país e assumir a dimensão de "estadista", obrigaria o PS a uma reflexão interna, tendo a coragem de reconhecer onde falharam, procurando junto de sábios alternativas macroeconómicas, refundando o partido na parte da colectivização dos meios de produção, etc. Ou seja, tentaria fazer o que Blair fez em Ingaterra: trazer o PS para o sec. XXI com propostas viáveis e praticáveis em sociedade, em vez de se manter agarrado a dogmas históricos com mais de cem anos que têm tanto de lirismo político-filosófico como de impraticabilidade social. Manter as coisas no estado actual e tentar dar continuidade à era-socrates, é persistir num modelo de sociedade que já provou não resultar, já causou a maior diferença entre ricos e pobres, já causou a maior taxa de desemprego de sempre, já causou a maior recessão de sempre e já causou a bancarrota, que só não foi declarada formalmente devido ao apoio comunitário. O TóZé que se deixe de.

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