quarta-feira, fevereiro 23, 2011

GISP - EU APOIO A NOSSA POLÍCIA



As notícias de hoje sobre este episódio têm sido abundantes. Em especial as notícias que, em vez de noticiarem, censuram liminarmente o comportamento policial.
Bem sei que a minha vida profissional tem passado por questionar o exercício excessivo de força policial. Mas perante esta situação concreta, não vejo como o possa fazer.
Segundo noticiado, toda aquela matéria castanha que se vê no chão e nas paredes é merda, excrementos do próprio preso que este resolveu durante vários dias espalhar no espaço a que está confinado, recusando-se a fazer as limpezas necessárias. Estava em causa a salubridade do preso e a dos restantes reclusos que se queixavam do nauseabundo cheiro a merda.
A utilização do taser servir para imobilizar o preso evitando que os elementos policiais travassem com ele uma luta na lama de merda.
É certo que o preso aparentava estar a obedecer. Mas nada garante que ele se mantivesse calmo até ser algemado, pois que os antecendentes tão radicais de desafio às regras admitiam súbita mudança de comportamento. Aliás, até seria previsível que ele encetasse mais um desafio às regras.
Para lá do taser não vi nada de anormal, até porque o tom de voz imperativo integra os manuais aplicáveis à situação.
A única crítica que faço respeita ao local onde o taser foi disparado. Deveriam ter tentado que ele se aproximasse da porta, para que não tivesse caído em cima da merda. O que obrigou alguns polícias, aliás, a chafurdar heroicamente na dita. Agora o taser foi bem aplicado.
Os deputados que decidiram convocar o Ministro por causa deste assunto deveriam passar uma noite naquela cela para que o cheiro os inspirasse a poupar dinheiro aos contribuintes.
Para que conste, uma prisão não é um hotel, os guardas prisionais não são criados de room service e o nauseabundo grau a que a situação chegou só é criticável por terem sido garantidos tantos direito ao preso permitindo que a situação tivesse chegado a um ponto daqueles.
Se fosse eu a mandar, ao segundo dia de porcaria a cela tinha sido lavada de agulheta. Mas isso sou eu e o meu extraordinário sentido prático.

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