terça-feira, junho 22, 2010

NAMORO 'PRUDENCIAL'




Ando a namorar estes "Prudêncio's".
O de baixo é de outra fase do Mestre.
Estou aflito na indecisão. O que me apetecia, mesmo, era ser trifásico... Mas ainda hoje larguei 1300 patacos no Multibanco em pagamento final de uma liquidação oficiosa que já não fui a tempo de substituir e que vão directamente para o subsídio social do Cigano culturalmente avesso ao trabalho.
Ou seja, para o Cigano ter um TV-plasma sem nunca ter trabalhado, eu não posso comprar os quadros que me dão prazer, apesar de trabalhar 10 horas por dia, sem contar os telefonemas que atendo fora de horas.
Porquê a temática do campo, da agricultura, do maneio dos animais ? Tem tudo a ver com as raízes, com os olfactos psicológicos que entranharam os cantos da alma e que preencheram as telas dos meus sonhos de menino.
Na Várzea de Óbidos os maiorais não usavam barretes verdes nem coletes encarnados. Vestiam-se da cor da terra e o barrete era preto como o do meu avô. E só um montava um irrequieto cavalo ruço. Era o chefe, certamente. Ou o tal Gama, que dava nome à Varzea.
Os toiros, era vê-los majestosos e pachorrentos na sua negritude a pastar desinteressados de quem passava montado no burro ou no macho do outro lado da regueira onde viviam as enguias e os pampos e para onde saltavam as rãs às centenas. A regueira não era muito larga, apesar de funda, mas eles mantinham-se afastados. Certamente que não apreciavam o cheiro das pessoas. Mas mesmo assim o medo dos toiros bravos, esse ancestral temor da fera, até a sonhar arrepiava.
Demorava-se hora e meia pela mota do rio Rial desde o Sobral da Lagoa até às natas fertéis dos talhões do Borraçal onde cresciam as tremendas cebolas, regadas a cabaço, que a minha Avó uma vez por semana ia vender à Praça da Fruta das Caldas e que tinham aquela reputação de serem grandes "como abóboras-meninas" que tanto lustravam o capricho lavrador do meu Avô.
Já lá vão mais de 40 anos. Parece que foi ontem.
(poste actualizado).

6 Comments:

Blogger ups said...

EH pá!Quando assim é, há compra só meio quilo delas e o Prudêncio?
Pois....


ups!

17:01  
Blogger ups said...

Actualização---bem se vê que já andas na onda dos cotas.
Nostalgia e revivalismo,montado na boa memória e nos valores ancestrais que nos foram legados.
Agora,como sempre,mais que nunca há que ir por aí...
Com a coragem que não nos falta, passemos o legado.Sem medos ou receios.Já fomos testados...
Embora fora de prazo, há muito que fizemos a rodagem.
Os paneleiros(esses sim) têm um problema terrível:têm que se afirmar.
Foda-se!O que é que tenho a ver com isso:"o cú é deles".

ups!

09:41  
Blogger RuiRuim said...

assim sem ter nada a ver com o poste e muito à paposeco o que é que o amigo carneiro acha disto?

http://www.lml.pt/

17:41  
Blogger carneiro said...

Amigo Rui,

O príncipio essencial das duas rodas é que quanto maiores forem, mais equilíbrio proporcionam.

As rodas baixas têm inconvenientes em travagem. O meu Pai teve uma Lambretta 175 cc que travava com a terceira e com a segunda, metidas a punho. O resto era indescritível.

Tenho essa má experiência.

Mas estes modelos novos têm uma tecnologia toda nova que me impede, por desconhecimento, de tomar posição, embora acredite que o desempenho em travagem seja completamente diferente daqueloutro que conheci, como é evidente.

Mas a roda-baixa deixou-me a desconfiança daquela época.


Ou seja, com aqueles cerca de 2500 patacos comprava uma 125 cbf. Roda alta, flexível de rins, estreita e despretensiosa.- uma quarto de litro já custa 5.000 € - se bem que considere esta a melhor opção para a cidade de Lisboa. Potência, nervo, economia e ligeireza. No limite do peso.

Andar na cidade com 300 kilos de mota é disparate. Hoje a estacionar num plano inclinado não a aguentei com a perna direita, deitámo-nos os dois e acabei com uma ruptura num isquio-tibial - aquele estreitinho lá no meio dos outros que doi comó caraças quando a perna se adianta no passo.

Estou com a perna ao peito e com a necessidade de substituir o "batente" em plástico que ficou arranhado (que é para não se perceber que ela se deitou).

Ou seja, estou com a perna contusa....(para a minha idade, ao menos isso).

Agora há miúdas que acham as scooters o máximo...

Mas scooter por scooter, também as há completamente eléctricas... Isso sim era alternativo e potenciador de engatar miúdas radicais da ecologia...

Depende da tua intenção.

Para apanhares uma velhota curtida daquelas que ouvem Zakk Wylde e Ozzy já precisavas de uma costum com tiras de cabedal e umas caveiritas discretas...

22:55  
Blogger carneiro said...

Mas se quiseres dar uma voltita com a minha gorda, é combinarmos. Faço uma hora no teu ginásio enquanto vais dar uma volta com ela. Corres é o risco de abandonares o atletismo, o ciclismo e o ateísmo. E ficares com uma fé nas biciclíndricas e a venerares o cantar daquele motor...

22:59  
Blogger RuiRuim said...

ahahahah parti-me a rir com os comentários!

Já vi a 125CBF mas aquilo é muita mota para mim. quero uma coisa mais maneirinha.
A eléctrica é sem duvida uma boa ideia para mim mas a assistência parece que não existe... e aquelas baterias quanto tempo irão durar?

Vou ver acerca dessa questão da travagem. Agora tenho andado numa de um amigo meu (50cc) e não tenho tido problemas com isso mas tb não tenho termo de comparação...

Obrigado pela ajuda. isso de sacar miúdas também é importante pois claro! é o factor saca-mulas

07:53  

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