domingo, fevereiro 28, 2010

CONDOMÍNIOS


(enviado pelo Pita)

sábado, fevereiro 27, 2010

O ENTERRO



Primeiro vinha um caixão.
Depois um segundo caixão.
Em seguida, um homem sozinho levando um "pitbull" pela coleira.
Finalmente, atrás dele, uma longa fila indiana de homens e mulheres.
Sem conseguir conter a curiosidade, aproxima-se delicadamente do homem com o cão e diz:
-"Os meus sentimentos pela sua perda... mas...eu nunca vi um enterro assim..
O senhor poderia dizer-me quem é que morreu?"
-"Bem... no primeiro caixão está a minha mulher".
-"Sinto muitíssimo! O que aconteceu com ela?"
-"O meu cão... ele atacou-a..."
-"Que tragédia!...
-"E o segundo caixão?"
-"A minha sogra... ela tentou salvar a filha"...
Um silencio consternado e pungente. Os dois homens olham-se nos olhos.
-" Empresta-me o cão?"
-"Meta-se na fila..."

(enviado pelo Piteira que também gosta de matanças de porco preto quando é convidado)

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

ARIOPLANO À PORTUGUESA

Adeus Serra d´Ossa
Adeus terra d´embalar
Flor da esteva primorosa
Água fontes a cantar

Levo-te nos olhos
Nos sonhos que há pra sonhar
No voo leve pomba branca
No tempo que há-de acabar

Amigos que lembro
Vida vai na flor dos ventos
Vinho triste do meu canto
Afaga-me os pensamentos.



Pois vem isto a propósito do cozido à portuguesa que eu e o Arioplano há dois dias comemos no Pereira. Devo dizer que já lá comi melhor cozido. Tem dias. E na véspera tinha passado por ali uma mão de vaca com grão... Enfim, às 17:30 Horas estávamos despachados e revigorados para uma prometedora tarde de trabalho.

De todo o modo, é para deixar aqui o registo do feliz evento, durante o qual foram homenageados - não necessariamente por esta ordem - a Serra d'Ossa, o Redondo, concelho, e o redondo, pudim-flan, e certo serão passado na companhia de dois amigos o Nap e o Ups que - sabemos pelos boatos e rumores - ultimamente se têm dedicado a matanças de porco preto. De todo o modo brindámos em silêncio e com reverência a esses dois grandes sacanas (os porcos que foram mortos, claro.)

(Pelo meu lado, dedico este post ao Pita, que já se está a rir que nem um perdido...)

BOM FIM DE SEMANA

ESTAÇÃO TERMINAL

A Verdade fica sempre com os deuses.
Mas quando um jornal de referência se atreve a fazer uma Primeira Página destas, é o fim da linha.

Os vistos para a Austrália obtêm-se aqui.

Os vistos para a Nova Zelândia tratam-se aqui.

Já que os militares desta vez estão armados em panascas e comem tão bem da gamela que não se estão para chatear só resta a emigração. A qual, aliás, voltou aos valores da década de 1960.

terça-feira, fevereiro 23, 2010

NO CICLISMO NÃO HÁ DISTO...

CULTURA GERAL

E como se chama este tijolo ?

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

TUNEL

Como a maior parte dos meus amigos ciclistas são benfiquistas, e não necessariamente tijolos antigos como o Kimbikes, condescendi em acompanhá-los ao Centro de Treino do SLBenfica.

domingo, fevereiro 21, 2010

SENHOR WENGER

É espreitar este golo do Henry para se perceber que o Senhor Wenger só se escandaliza ás vezes.

http://www.youtube.com/watch?v=gCWjioIR5MM&feature=player_embedded

PONTAPÉ A UM CÃO E PUTAS ABANDONADAS

Uma regra essencial do Direito Criminal é o Princípio da Tipicidade.
Este princípio quer dizer que um cidadão só pode ser punido como criminoso se tiver cometido um acto que consta de uma lista de actos que se consideram crimes. E só vale o que consta nessa lista de crimes. Não se pode alargar a lista para que a possamos aplicar a situações parecidas. Chama-se a isto a a proibição da analogia em Direito Criminal. Só é crime aquele acto que está previsto na lei, já não um acto que seja apenas parecido.
Porque outra das consequências do Princípio da Tipicidade, é que só é crime aquilo que no momento da sua prática já constava naquela lista respectoiva. Não se pode pegar num acto e depois acrescentá-lo à lista dos crimes, só para que, agora, já passe a ser crime.
Depois de concluirmos que certo acto consta da lista de crimes, vamos fazer uma análise mais detalhada para ver se esse acto corresponde exactamente, ponto por ponto, àquilo que está descrito na lei.
Um exemplo: eu dou um estalo no Piteira, porque ele em dia de folga no Bezica me chamou Carneiro. Estávamos a petiscar e ele, vai, chama-me Carneiro. Eu não gostei, porque desde que nasci me chamam Carneiro e não aguentei mais. E pimba: dei-lhe um estalo que nem lhe acertou bem, porque como sabemos ele nem usa cabelo.
Outra situação: Estávamos no Bezica a petiscar e o Piteira aparece fardado, no exercício das suas funções policiais e pede-nos a identificação. Eu estava com os copos e dei um estalo ao Piteira que também lhe passou a rasar por causa da falta de cabelo.
À primeira vista parece que os dois crimes são iguais. Mas não são.
No primeiro caso cometi um crime de ofensas corporais simples, que, aliás, é crime particular e só iria para Tribunal se o Piteira fizesse queixa contra mim.
No segundo caso cometi um crime de ofensas corporais agravadas, porque o Piteira estava em exercício da sua Profissão de Funcionário Público e eu não dei um estalo no Piteira. Dei um estalo no Funcionário Público que, por acaso, era o Piteira. Este crime é mais grave e nem depende de queixa. Mesmo que o Piteira não quisesse eu sempre lá teria que ser julgado porque o crime é público.
Ou seja, naquela lista de crimes que sabemos existir, temos que conferir os factos concretos para se perceber qual dos crimes foi cometido. Porque há crimes parecidos. Já agora chama-se subsunção a esta operação intelectual.
No caso do Piteira, a qualidade do agente ofendido faz a diferença entre um crime mais grave e um crime menos grave.

Já perceberam onde eu quero chegar: A agressão a "Agentes Desportivos" é um "crime" muito grave. Mas se a agressão já não for dirigida a um "Agente Desportivo", o "crime" já não é tão grave. Já agora acrescento que ao Direito Disciplinar aplicam-se as Regras e Princípios do Direito Criminal.

Ora se na lista de "crimes" disciplinares da Liga de Futebol não consta como "Agente Desportivo" a figura dos seguranças, não é por se terem escrito 120 ou mais páginas que o branco passa a ser preto.
A decisão da Comissão Disciplinar da Liga é apenas mais uma investida mafiosa para prejudicar fora do campo o FCPorto. O ano passado foi aquele degradante espectáculo das punições do apito final e o subsquente arquivamento no Conselho de Justiça da Federação, nos Tribunais da Adminstrativos, nas Relações de Porto e de Lisboa e no Tribunal Arbitral do Desporto. E isto só significa que as decisões do Dr. Ricardo Costa, que tanto entusiasmaram os benfiquistas a caminho da Liga dos Campeões estavam todas erradas, tinham sido tomadas com tendenciosa parcialidade e ao arrepio da Lei, do Direito e da Boa Fé.

Uma vez mais o Dr. Ricardo Costa viola os mais elementares princípios de Direito Disciplinar. E como ele é esperto demais para os desconhecer, só significa que está de Má Fé. Continua de Má Fé a soldo de Luis Filipe Vieira e dos interesses económicos a que este dá rosto.

Dar um pontapé a um cão, não é a mesma coisa que dar um pontapé a um lobo.

O Benfica está a ganhar o campeonato nos túneis. O principal jogador do Braga levou 3 meses, estes levaram 10 meses. No aniversário da estreia de Bruno Paixão a roubar escandalosamente o FCPorto, nada melhor do que mais um espectáculo televisivo dado por Ricardo Costa. O qual só aparece quando estão em causa sanções contra o FCPorto.

Não há dúvidas de que o homem esta mesmo "a fazer as coisas por outro lado".

Pelo meu lado, já enviei € 1.500 para o Futebol Clube do Porto pagar a multa com os incidentes que vão acontecer no túnel do Dragão.

Porque o mais grave disto tudo, é que este palhaço do Ricardo Costa não está apenas a eliminar, um a um, os adversários mais directos do Benfica. A realíssima besta está a fazer com que os campeonatos se passem a resolver nos túneis.

No Dragão espero uma de duas coisas: Ou que os "agentes desportivos" provoquem suficientemente os jogadores do Benfica para que eles também sofram castigos de seis meses; ou se os jogadores do Benfica não reagirem às provocações, que levem um enxerto de porrada que os mandem seis meses para o Hospital. Porque os filhos da puta só merecem comer do mesmo veneno qie dão os outros.

Para todos os efeitos, hoje espero que o Braga ganhe ao Porto. Mas já sei que a arbitragem vai prejudicar intencionalmente o Braga para isolar o Benfica na frente do campeonato e para mostrar que o FCPorto nem pode ter razões de queixa, pois até está a ser beneficiado...

Complementarmente, lembro que existe uma lei que responsabiliza civilmente os Funcionários Públicos ou em exercício de Funções Públicas. Assim que os castigos forem anulados pelo Tribunal de recurso - como toda a gente já percebeu que é inevitável - só fico com a curiosidade de saber qual o montante da indemnização que o Dr. Ricardo Costa vai ter que pagar à SAD do FCPorto pela diminuição do valor dos direitos desportivos dos jogadores.
Se calhar nessa altura o Vieira já não anda por cá e o Dr. Ricardo Costa vai ser deixado ao abandono como já fizeram à outra puta: serviram-se dela e deixaram-na entregue a si mesma.

NOTA: Como se percebe a linguagem técnica é aligeirada. E quem não sabe, o Piteira é meu amigo e só por isso me permiti metê-lo nesta história que versa putas manhosas.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

A MINHA GENTE

BOM FIM DE SEMANA

FAZ DEZ ANOS

O Campomaiorense não tem culpa alguma. Mas assinala-se hoje o décimo aniversário daquela espectacular exibição de Bruno Paixão, que conduziu à derrota do FCPorto por um- zero, num jogo em que Jardel passou o tempo abraçado por José Soares, um defesa central emprestado pelo Benfica, e em que, segundo as crónicas mais conservadoras, não foram assinalados seis ou sete penalties a favor do FCPorto, para lá de um golo invalidado por razões que nem os isentos reporteres da Bola e do Record conseguiram identificar.
O benfiquismo do homem mantém-se cada vez mais assanhado. Ainda a semana passada roubou um penalty em Leixões. Há 3 semanas roubou escandalosamente o Braga.

Este Bruno Paixão não é um calabote porque não foi irradiado, mas é um valente que espera um emprego na catedral, à semelhança da recompensa do outro por vinte anos de roubos descarados.

Naquela época não havia tunel no Estádio do Campomaiorense. Vivia-se o tempo da transparência. Foi em directo na RTP1. Eu vi. E não esqueço.

VIR PARA A RUA

Em Abril de 1974 era um adolescente com 14 anos. Vivia na pacatez de uma vila de província, onde a revolta se traduziu apenas num chaimite das Caldas da Rainha que estacionou à porta do Posto de GNR. Fui eu que "furei o cerco" para levar o almoço ao meu pai que estava de serviço nessa Quinta Feira. Mais tarde quando se falava da espontaneidade com que o Povo de Lisboa saíra à rua para apoiar os militares revoltosos eu não entendia muito bem. Até porque o Partido Comunista se encarregou de se apropriar em exclusivo desse impulso social. O que mais tarde veio a ser desmentido nas urnas, como certamente nos lembramos todos, em especial, aqueles que nos liceus tiveram que enfrentar, muitas vezes a soco e a pontapé, o monolitismo estalinista da UEC, Juventude Comunista Portuguesa que, ainda hoje, usa como ícones Estalines, Lenines, Guevaras, Castros e outros assassinos. Mas estou a desviar-me do assunto.

Hoje, em Fevereiro de 2010, entendo perfeitamente aquelo impulso popular de 1974 de vir para a rua celebrar o fim do regime da União Nacional e lançar a esperança num regime alternativo mais justo, equilibrado, honesto e livre. Hoje, entendo porque o Povo em 1974 estava com a panela a transbordar de indignação e reagiu daquele modo.

Se ali em baixo, na Rua Augusta, a trinta metros do local onde escrevo estas linhas, surgir neste momento um pelotão de militares ou de polícias revoltosos para depôr o actual regime, eu até salto pela janela para me juntar a eles. E uma vez mais, não tem a ver com partidos políticos, ainda menos com o anedótico Partido Comunista. Tem a ver apenas com o "estado a que isto chegou".

Nota final: acho que estas linhas fazem de mim, irreversivelmente, um opositor ao regime. Por isso, logo que surja a revolução faço questão de pedir à Câmara pelo menos uma casita, como fez o Baptista-Bastos ou Baptista-Basto, ou lá como se chama esse heróico e recompensado opositor ao outro regime.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

EU PASSEI LÁ

Motociclista morre em colisão entre quatro viaturas

Um motociclista morreu na quarta-feira na A1, na zona de São João da Talha, quando a sua mota colidiu com quatro veículos ligeiros.

O comando-geral da GNR explicou à agência Lusa que o acidente ocorreu pelas 21h00, no sentido Lisboa-Porto, obrigando ao corte temporário da circulação automóvel. "


Esta lacónica notícia foi distribuída pela Lusa e alguns jornais e sites de TV's bastaram-se em reproduzi-la.

Acontece que passei no local escassos minutos após o acidente. A via do meio estava bloqueada por um carro parado com o automobilista a colocar o triângulo e a gesticular desesperado para que o trânsito parasse. À frente do carro dele estava um corpo completamente trucidado, esmagado, pernas e braços num emaranhado, com as entranhas em sangue vivo. Este automobilista nada tinha a ver com o acidente. Foi apenas um Homem com caridade suficiente para colocar ali o seu carro impedindo que aquele corpo continuasse a ser pisado e trucidado. Ao contrário de outros à frente dele que eu vi a desviarem-se do corpo e seguir viagem.

A notícia difundida pela Lusa dá a aparência de que existiu uma colisão da mota com 4 carros. Não foi isso que me pareceu. Se calhar a culpa pelo acidente até foi do motociclista, mas aquele corpo estava morto por ter sido pisado por meia dúzia de carros que estavam parados na berma, com algumas pessoas a sair para a estrada, algumas a chorar em estado de choque. Apenas um carro preto estava batido na frente direita incluindo o pára-brisas, dando, antes, a sugestão de ter sido um atropelamento. Foi o único carro que eu vi batido.

Aliás, eu e os meus filhos nem percebemos quem era a vítima e até se alvitrou que fosse um bêbado que tivesse atravessado a A1 e tivesse sido colhido por um carro e pisado por outros que não se conseguiram desviar.

Só percebemos que era um motociclista, quando duzentos metros mais à frente vimos uma mota deitada na via da esquerda, junto ao separador central.

Independentemente de quem terá tido ou não culpa, não foi o motociclista que bateu, pois o carro estava amolgado na sua frente. Tudo junto, fiquei com a ideia de que o motociclista , por alguma razão, terá sido despejado da mota e depois foi atropelado pelo primeiro carro e trucidado pelos que não conseguiram desviar-se, enquanto a mota levada pela inércia deslizava pelo alcatrão. Se tivesse sido a mota a bater contra alguém, a mota estaria junto do corpo.

Dormi mal. Já assisti, e por vezes acudi, a acidentes graves. Já vi muito sangue. Até já vi um suicida no Metro. Mas um corpo naquele estado é coisa para nos tirar o sono.

E a descrição simplista da GNR não me convence.

Ando de mota há pouco tempo, mas já tinha percebido que as Estradas Nacionais são mais seguras e agradáveis do que as Auto-Estradas.




quinta-feira, fevereiro 11, 2010

PULANITO


Estou atulhado em trabalho, mas como o Pulanito gosta é de barris de vinho tinto e de gajas, aqui fica a humilde oferta. Não te rales que o Ricardo, depois de meio barril, aviava as gémeas e até palitava um dente - diz o UPS, claro.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

TUDO A DOBRAR

Ontem a caminho do Moto Salão na Batalha, passei pelo Bombarral pela Oficina eléctrica-auto do meu amigo de infância Fernando António que, ainda por cima, vai ser sogro da minha Afilhada. Ou seja, além de já ser Tio-avô por outro lado, agora vou ser Padrinho-avô. Enfim, uma confusão do caraças que o João Fonseca me arranjou quando me lembrou do Camartelo. Há trinta anos que o não via e nem sabia que ele estava a trabalhar naquele ramo.
Então, descobri que o jipe, para lá de duas caixas de fusíveis, para lá de duas buzinas - o que só de si já é estranho - e de dois pares de rodas no chão, também tem dois depósitos autónomos de água para lavar os vidros da frente e de trás.
Sabia lá eu. De repente, o mija-mija traseiro deixara de funcionar, aqui há mais de um ano, mas pensei que era o sistema eléctrico. Quando estava muito sujo, parava na berma e lavava-o com uma esfregona e um balde que levava sempre nas viagens grandes. Alguma vez me passou pela cabeça que aquilo tinha um depósito onde convinha meter água algumas vezes. E, pelos vistos, é um depósito grande pois durou meia dúzia de anos sem necessidade de ter sido reforçado.
Ou seja, em caso de necessidade, para transportar vinho tinto ou assim... Aquilo leva alguns 50 litros. Ou cerveja. (Informação ao cuidado do Pulanito).
Moral da história, ando de surpresa em surpresa. Noutros tempos, quando o país era rico e os carros nem tinham tempo para avariar, pois eram trocados ciclicamente, preocupava-me lá eu com estas coisas. Nalguns nem sabia onde se abria o capot. Mas agora, com a crise, tenho que me dedicar a estas coisas da mecânica e afins, pois vamos ficar como Cuba e convém saber improvisar para mantermos a frota em andamento. Carros novos, acabou-se... O País faliu. Pelo menos para a malta comum.
Mas voltando à vaca fria, queres ver que a porra (expressão genuinamente alentejana demonstrativa que gosto de matanças de porco preto, quando tenho a hipótese de ser convidado) do jipe, na volta, ainda tem tracção às quatro rodas, com lentas e rápidas e coisas dessas ... Marcha-atrás, garanto que tem, que já experimentei (tive que engatar um cabo de aço e "desviar" por 3 metros um clio que estacionou em frente da garagem do meu prédio)... Eles inventam cada uma....

DENÚNCIA A QUEM INTERESSAR

Despacho recebido do nosso correspondente no Divor, o Jornalista JM Cresto.

"O Piteira anda a fazer pigjacking em Albernoâ, nas terras do Pulanito.
Porra (expressão genuinamente alentejana demonstrativa que o jornalista Cresto também gosta de matanças de porco preto só que costuma desconvocá-las), os gajos são amigos, mas o Pita quando lhe cheira a toucinho do preto...."

Nota da Redação: oferecemos um chouriço de porco preto ao primeiro leitor que, assim de cor e sem ir ver ao google, nos diga em que continente fica Albernôa.

terça-feira, fevereiro 09, 2010

LIBERDADE DE EXPRESSÃO


PETIÇÃO PÚBLICA PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO.

Eu assinei. Já agora espero que a minha assinatura fique entalada entre duas assinaturas de gente intelectualmente asseada.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

AFINAL HAVIA DUAS

Não devemos apitar aos mal-estacionados. Por vezes a buzina cola. É o castigo. Barraca do caraças. Eu a sair dali a toda a pressa ea malta toda a tentar perceber porque razão eu estava a buzinar tão freneticamente. Um murro no meio do volante e a gaita calou-se. Cheguei a casa, estacionei. Assim que entrei no prédio, começou a buzinar. Meia hora de buzina, desbuzina. Cada vez que virava as costas, buzinava. EStava definitivamente a gozar comigo. Que fazer ? Desligar o fusível da buzina ? Claro. Mas eu não sou neurocirurgião. Sei lá onde fica a porcaria da caixa dos fusíveis. Desligar a bateria ? Se calhar é o melhor. E desligar a buzina ? Só falta descobrir onde está. Pelo barulho não foi difícil. Capot aberto e a buzina mesmo ali. Deve ser aquilo. Mas faltava espaço para meter os dedos para agarrar convenientemente a tomada. Cinco minutos a esfolar a ponta dos dedos e o sabugo das unhas e a aprovidencial ajuda de um pequeno alicate de pontas e eis que a tomada salta. Oh Miguel. Apita aí no volante para termos a certeza que o gajo vai ficar calado. O Miguel toca no meio do volante e ouve-se uma buzina. Som mais grave, mais cavo. Porra (expressão alentejana demonstrativa do apreço que tenho por matanças de porco preto em geral), afinal a jipe tem outra buzina. Esta estava mais abaixo. Foi necessário tirar a grelha central para lhe poder aceder. Desta vez, a coisa foi feita à profissional: fui buscar um electrodoméstico chamado chave de parafusos eléctrica, sacou-se a grelha, com dois alicates, um na buzina e outro na tomada, desligou-se tudo. Repôr a grelha, passar o lustro com o cotovelo e serviço pronto. Ando agora sem buzina. Sei lá quando é que aquela coisa começa a apitar sózinho. O Jipe ficou psicologicamente afectado desde que lhe furaram os pneus. Nunca mais foi o mesmo.
Se eu tivesse aqui ao pé uma Alfisina Mecânica a quem recorrer. Mas está tudo instalado lá para Sacavém e Prior Velho...

domingo, fevereiro 07, 2010

ANDA O JM...

...a perder tempo com estas insignificâncias...

(atenção, a notícia está errada. Falta incluir aqueles quatro que estão em prisão preventiva por associação de malfeitores, tráfico de droga e uso e venda de armas proibidas apreendidas numa sala de adeptos do Barcelona pela PJ)

IMPORTANTE

...enquanto que o que verdadeiramente interessa é a genuinidade do Povo que integramos.

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

VIDA DE PAI

Sexta-feira à noite é levar os rapazes ao treino das 19:00 às 22.30 Horas. Sábado é levá-los ao treino das 9:00 às 12:30 Horas. No Alverca. Dá para atestar o jipe de gasóleo no Jumbo. A diferença por litro, em 90, já dá para as deslocações.

Domingo de manhã, das 8:30 às 13.00 treino da Associação de Patinagem de Lisboa na Lourinhã. É uma honra. Nem todos são convocados para estes Treinos promovidos pela Associação. Mas vai ser necessário levantar muito cedo. Para estarem a patinar às 8:30, vou ter que me levantar às 6:15 ao Domingo. Quando não tinha filhos, tanta vez que cheguei a casa a essa hora.
Sábado à tarde, Oeiras à Loja do Senhor Camilo para uns patins novos para o Infantil na especialidade de Livre. Topo de gama, claro, que o moço este ano tem ambições classificativas. Botas Fly, base de patim Matrix, rodas mistas Panther e Leopard, rolamentos, espaçadores, atacadores. E rodas Giotto para a especialidade de Obrigatórias. Em bom rigor o Infantil precisava também de uns patins novos para Obrigatórias. Mas uns Giotto custam mais uma pipa de massa. Assim, os Mistral que têm estado a uso, levam uns amortecedores novos, rodas Giotto novas, tiram-se os travões, uma engraxadela e vão ter que continuar a servir. O pior é as botas que, desconfio, já devem estar nos limites. Mas vai ter que se aguentar até ao verão. Talvez cortando as unhas dos pés mais rentes...
O mais velho - este ano já é Junior- também precisa de travões novos para os Matrix dele. Ou seja, o Senhor Camilo adora-me. Cada vez que por lá passo, uma milena é raro chegar para as encomendas. O que vale é que ele facilita o pagamento em prestações.
Provavelmente não vou ter tempo para ir à Batalha ao Moto Salão durante o Fim-de-semana.

A paternidade é a coisa mais saborosa na minha vida. Mas é cá uma porra de uma despesa e duma trabalhêra. Até fico a falar alentejano. E depois perguntam-me se tenho feito Kapas na Kuota....

BOM FIM DE SEMANA

Fica-me pouco bem, fica... E agora ainda mais, que já tenho a vestimenta quase toda só faltando o brinco. Já incorporei os tunings quase todos. Carenage inferior vinda de França, médios xenon, raisers de guiador, punhos aquecidos, ar-condicionado à frente e atrás, tomadas de isqueiro para o GPS, para o MP3, para o telemóvel e para os intercomunicadores vindos do UK. Alarme anti-radar, misseis patriot e ogivas de napalm. Tudo ligado directamente à bateria. Luzes de stop adicionais, alarme anti-roubo e máquina de café com cheirinho na mala esquerda. Mas ainda tenho de passar pelo Moto Salão da Batalha para lhe meter os extensores dos retrovisores - aumenta o campo visual e elimina o ângulo morto, - bem como a bola de espelhos e o varão cromado para o streep tease. Depois é largar para as concentrações e concursos de Miss T-shirt molhada. Ganda Verão que vou ter este ano a armar barraca como não faço desde os tempos de escuteiro.
Tenho que pedir ao João Fonseca para me tirar umas fotos à maneira para o portfólio. A cavalar, a eguar e a curvar com o deslizador do joelho a fazer faísca no alcatrão, que em americano se diz alcatran. Nunca se esqueçam que o outro ficou com o nick de Il Doctore já a pensar que um dia surgiria alguém à altura de lhe suceder na técnica.
Aqueles e aquelas que não gostam de mim podem clicar na fotografia que notam melhor o meu sorriso de satisfação.

O AUTO-CULTIVO DA BATATA

O BLASFÉMIAS é um Blogue de referência. Toda a gente sabe isso.
Ao contrário de nós, que somos uns inconscientes estouvados que só contamos anedotas de alentejanos enviadas por alentejanos - atenção, isto é um nicho de mercado, pois poucos blogues conseguem esse certificado de origem -, mostramos gajas cuzudas e avantajadas de peitorais, e falamos de bicicletas, mais das proezas dos outros, compensando a nossa ineficácia ciclísta com o preço exorbitante que pagamos pelas fibras de carbono e tal.

Vem isto a propósito de eu andar por aqui há alguns anos a avisar que convém ter um terrenozito lá na Terra deixado pelos nossos avós, e uma moto-enxada daquelas de jardim para fazermos de Jivago e cultivarmos as batatitas que teremos para comer, mais tarde ou mais cedo.

Pelos vistos o Blasfémias tem andado a passar pela nossa humilde e arrapazada tasca: leiam por favor a matéria séria (não estou a brincar, mesmo séria) deste post do Blasfémias.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

ORGASMOS E TRABALHO

Caros amigos, passem ali pelo PULANITO para verem o vídeo que ele por lá colocou. E vão dar valor ao tempo que passam a trabalhar a sério fazendo férias da blogosfera.

ESTRADAS DAS BEIRAS ORIENTAIS





Pois é, amigo Cavaca, as fotos não estão necessariamente por ordem, mas ilustram a minha passagem pelo eixo Penamacor-Sabugal. De onde prossegui por Pinhel-Figueira- Barca-Freixo-Mogadouro-Vimioso-Bragança-Valpaços-Chaves e depois por ali abaixo até Lisboa com o vento pelas costas. Grandes tareias que eu levei nesse frio Agosto de 2007. O último Agosto, por razões familiares, não tive oportunidade de fazer a minha prova de vida na sua (e da restante Senhora Quadrilha de Trepadores) avassaladora Serra. Mas em 2010 tenho que fazer a subida de Loriga para a Lagoa, a de Gouveia (esta desconheço em absoluto) e a de Manteigas pelas Penhas Douradas-Sabugueiro. Acho que são estas as de alcatrão que me faltam. Mas vou montar a base na Covilhã, claro. Aquilo que para o vosso Grupo é o passeio normal de Domingo, para mim é o desafio de uma vida de ex-fumador. Pela certa, levarei também a Btt, que tem uns andamentos ainda mais leves, que esta barriga teima em não desaparecer. Abraço aí para os amigos Serranos.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

OUTRO FUZILAMENTO DE UM JORNALISTA


Interrompo as férias só porque uma vez mais está em causa a liberdade de expressão.
E antes que a Polícia da Propaganda Socialista de Sócrates faça desaparecer dos sites o documento, aqui faço mais uma cópia para lhe dar trabalho acrescido. Com os Pides é chateá-los o máximo que pudermos. Entretanto já gravei em 3 pens diferentes, (duas delas enviadas para Estrangeiros diferentes) e imprimi uma cópia de segurança em papel, vegetal que é para não se desfazer, á semelhança dos Lusíadas, se os novos Pides do Sócrates me atirarem ao Trancão. Já pedi orçamento a uma gráfica para reproduzir o texto para largar sobre Lisboa num avião fretado expressamente. Depois vou assaltar um Banco na Figueira de Foz e talvez qualquer dia tenha uma Rua com o meu nome. Há que combater os fascismos. Mesmo que se repitam acções de outrora. Também já meti nas meias duas colheres de chá, que é para cavar um túnel quando for enviado para o Forte de Peniche pelo crime de auxílio ao crime de terrorismo de liberdade de imprensa.

tirado daqui,
daqui,
daqui
daqui
daqui

O Fim da Linha

Mário Crespo

Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicacado hoje (1/2/2010) na imprensa.


NOTA COMPLEMENTAR: Olhem que a coisa é grave. Ainda a semana passada o Chavez mandou desligar 4 ou 5 estações de TV por Cabo, porque não gostava do que ouvia. Olhem que a liberdade de expressão é a única merdinha preciosa que resta do 25 de Abril. Quanto ao mais, estamos falidos a todos os níveis. Paradoxalmente ainda é o ouro do Salazar que resta - comprado aos nazis, mas que Mário Soares há meia dúzia de anos negociou com os seus irmãos carbonários judeus que podíamos manter - que nos está a segurar na "zona euro".

Em breve MEDINA CARREIRA vai morrer de causas não apuradas nem num inquérito criminal dirigido pela Candida e pela Maria José. E aquele Duque que se atreveu a ir ao "Plano Inclinado" também não vai muito mais longe profissionalmente. Ou tem bens de família ou está lixado.

O Socialismo de Estado ou III República Maçónica em que vivemos, ultrapassada que foi a fase do LSD dos sovietes, passou pela fase de dar pão-de-mel aos amigos, depois entrou na actual fase de tirar o pão, até o de centeio, aos seus inimigos. A terceira fase é a dos assassinatos políticos. Há cem anos que é assim. Basta ler a História de Portugal. Por isso é que houve uma época em que havia tanta gente a gostar de Salazar: a malta queria era sossego e desde que comesse certinho todos os dias não aspirava a muito mais. Vamos lá a ver durante quanto mais tempo a malta actual vai conseguir comer certinho todos os dias.

ENTRETANTO VOLTEI PARA AS MINHAS FÉRIAS, que isto em Lisboa anda perigoso, não tarda nada começam a rebentar 4 bombas artesanais por dia, como aconteceu em 1910. Só não percebo é o que os panascas dos Militares estão à espera para pôr esta merda nos eixos.