terça-feira, julho 21, 2009

APETECEU-ME O'NEIL


Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.

2 Comments:

Blogger ups said...

Xiclista,
as gaibotas comem "osgas moribuntas" dos esgotos que se abrem ao Tejo?Diz-me que sim.
O Tejo devia ir para o Porto e o Douro para Lisboa.
O que eu queria mesmo era o"vaticano da Areosa" a morar na 2ª circular.
O Miguel s.t. está a precisar de umas lambadas dos estivadores...salvo seja!!!!
ups!

Ps.O Amstrong está a ficar á Benfica....Vamos lá Sérgio Paulinho!

15:36  
Blogger Arioplano said...

Não gosto de gaivotas (estudei num colégio à beira mar) mas adoro este poema. E o fado com ele também não é mau. Abraço.

22:51  

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