quinta-feira, setembro 27, 2007

RICARDO MARTINS


É o Campeão Nacional 2007 de contra-relógio. Hoje vai representar Portugal nos Campeonatos do Mundo a decorrer em Estugarda, Alemanha. Quando integrava a equipa LA-Alumínios chegou a pedalar ao lado dos cicloturistas na época baixa quando os profissionais faziam quilómetros só para queimar calorias. Por duas vezes pedalou comigo, discutiu pesos, calorias e dietas e revelou-me algumas particularidades do ciclismo profissional.
Desejo-lhe obviamente o melhor resultado desportivo que consiga.
Ah, já me esquecia, da respectiva ficha consta que em descanso o coração bate 32 vezes em cada minuto.
Boa Sorte, campeão !

AGENCIA MATRIMONIAL


O homem de amarelo é o celebérrimo Alessandro Petacchi, um dos melhores 'sprinters' mundiais. Aliás, o gajo é tão bom que se nota perfeitamente pelo trejeito facial. Sim, porque há gajos que a gente olha para a tromba deles e fica logo a saber quanto bom os gajos são.
O Bernardo, que gosta mais de ser fotografado do que de arroz-doce, arma o seu meio-sorriso supostamente irresistível, mas que eu considero apenas manhoso. Se houver por aí alguma Senhora de boas famílias e bons hábitos - não pode ser fumadora - que esteja interessada no meu amigo Bernardo, é favor formalizar a candidatura. Ele nem imagina a minha boa intenção, mas quero ver se ele se casa que já está na altura de assentar arraiais e arranjar um filho que ensine a andar de bicicleta em vez de andar a ensinar tanta filha de outros.
Dou prenda de casamento.

quarta-feira, setembro 26, 2007

RIBEIRA


Perto da chegada do dia. Depois de ter passado por Coimbra e Condeixa. Por um caminho indicado pelo Rui Ferreira e pelo Zé Luis. Mas com mais tempo falarei aqui das minhas aventuras e desventuras por terras de Mangualde. Para honrar aqueles que estoicamente fizeram as honras à Terra e para desancar aqueles que se baldaram de propósito para férias só para que eu os não obrigasse a montar a bicicleta. O que aquelas orelhas ainda terão que arder...
Etapa 11, Mangualde-Ansião, 142 Km, 7:30 Horas, 19,52 Km/h, 7285 Kcal

segunda-feira, setembro 24, 2007

LIVROS ?


Entre Oliveira do Mondego e Penacova com o rio ali à espreita.
Etapa 11, Mangualde-Ansião, 142 Km, 7:30 Horas, 19,52 Km/h, 7285 Kcal

LEOMIL

Confesso que ao vivo a árvore era mais imponente do que o resultado fotográfico. Parei de propósito para a fotografar. O que só aconteceu porque, efectivamente, fui estimulado quando a vi. Já tinha completado a subida para o planalto de Leomil, aproximava-me do viaduto sobre o IP5 e estava prestes a melhorar a média nos derradeiros 25 Km até Pinhel. Inexplicavelmente, aconteceu-me em alguns dias acelerar o andamento na parte final da jornada. Parecia que as pernas me pediam maior ritmo. E de Leomil até Pinhel foi sempre 'a dar' à volta dos 30 Km/hora. Foi nesta fase que parei para atender uma chamada do Zé Miguel - o bom do Zé Miguel que tinha marcado residencial para mim em Mangualde para dali a 8 dias.
Na aproximação a Pinhel, contudo, acabei por 'pagar as favas'. Durante, talvez, 4 Km a descida é vertiginosa. Piso bom, estrada larga e com visibilidade. Mas o mais que se consegue é atingir nos confins da descida uma ponte sobre um embirrante rio - mais tarde vi no mapa que se chamava Ribeira das Cabras -. Depois, bem, depois, são dois quilómetros de parede até Pinhel. A olho posso garantir que é uma inclinação superior a 10 %. E acreditem que estou a ser comedido. O que sofri para chegar lá acima! Sobretudo com a angústia de estarem a bater as quatro da tarde e ter que arranjar residencial para poder ver na TV a chegada da Volta. E no final da jornada ou não se tem água ou a que resta já está quente. Provei o bidom. Como estava quente, despejei-a pela cabeça. Fiquei mais leve e algo refrescado. Mas fiquei a desejar, a "augar" uma garrafita bem fresquinha de Pedras com limão e chá verde. Mas não foi uma. À chegada foram duas, seguidinhas, com um arroto final capaz de fazer vibrar um sino de bronze.
Foi um dia atleticamente complicado. Com o frio na subida até Sabugal pela manhã e com aquele final de jornada, não surpreende a fraca média do dia nem a quantidade provável de Kcal consumidas - pois esta é inflaccionada pelo elevado ritmo cardíaco.
Etapa 4, Penamacor-Pinhel, 93 Km, 5:59 Horas, 15,62 Km/h, 7239 Kca

CIRCUITO DOS TUNEIS



Lisboa, princípio da tarde de domingo, 23 de Setembro de 2007. Entre o Saldanha e o topo norte do Jardim do Campo Grande. Total ausência de público num evento desportivo que envolvia os melhores ciclistas profissionais portugueses.
Conclusões:
1. Lisboa não é local de adeptos de ciclismo;
2. Marcar uma prova deste tipo com a antecendência de uma semana não ajuda à publicidade do evento.
3. É possível vedar ao trânsito automóvel as faixas centrais da Avenida da Republica durante meia duzia de horas ao domingo que o trânsito flui com naturalidade pelas laterais e pelos cruzamentos desnivelados sobre os túneis.
4.Que bonito é o percurso na zona do Campo Grande.
Mais do que um disparatado dia sem carros - o meu Miguel foi entrevistado pela RTP e passou nos Telejornais -, mais valia vedarem em cada domingo de manhã o circuito dos túneis para as famílias usarem a bicicleta.

MONSANTO AO DOMINGO III

O filho veio ao meu encontro em pânico: "Por favor, ajude, que o meu pai caiu e não dá parte de si. Se calhar está morto..." Porra. Que soco no estômago. Acudi, obviamente. Com a minha Kuota ao ombro, matagal dentro como no ciclocross. Estava a cem metros da estrada alcatroada. Desmaiado. Saltara com uma BTT, aterrara com a roda da frente, batera com a cabeça. Sangrava da fronte esquerda com abundância. Começou a balbuciar palavras, poeira e sangue. Ai o caraças. Liguei para o Inem. Por favor, venham depressa, deixem-se de perguntas, que o ciclista aterrou de cabeça, perdeu os sentidos, o pescoço pode estar comprometido. Tem entre 40 e 50 anos. Por favor mandem a ambulância. Alameda Keil do Amaral, zona de lazer em Monsanto. Sabem onde é ? Olhe que não tem acesso de carros.




Chegaram ao fim de 27 minutos. Imobilização. Estabilização. Carregamento na ambulância.


O Inem demorou tanto tempo pois o pino central da Alameda Keil do Amaral estava fechado à chave e, por isso, inamovível. A ambulância e o carro de assistencia rápida do Inem tiveram que fazer corta-mato para aceder ao perímetro de lazer de Monsanto. Deixa estar Zé Luis, o que é preciso é que recuperes a saúde. Pelo meu lado, prometo-te que vou chatear, e muito, o cabrão do funcionário público que acha que aqueles pinos devem estar fechados à chave impedindo o acesso de viaturas de emergência. É que ao Domingo de manhã aquela zona é frequentada por alguns milhares de pessoas.



MONSANTO AO DOMINGO II


Depois de três horas e cerca de 60 Km em solitário pelas rampas de Monsanto, recebi a visita dos meus rapazes levados no jeep da mãe. Pela Alameda Keil do Amaral, fizemos mais de 10 Km ao ritmo do Vasco que só recentemente abandonou as rodinhas. Como vês, Azurara, até uma criança de 7 anos de idade, recém-ciclo-encartada, no 2º ano da escolaridade, faz em conforto 10 Km numa manhã de domingo. Quanto mais um gajo que seja engenheiro...

MONSANTO AO DOMINGO I


Desde os primeiros calores de Março que estas flores aparecem nas bordas de estradas e caminhos de Monsanto. Em Setembro é mais fácil apreciá-las, pois o treino das férias permite-me fazer as subidas com outro conforto cardíaco.

sábado, setembro 22, 2007

MONTEPEROBOLSO


Um comentador que assinou com este nome surgiu num post referido a Cerdeira do Coa, demonstrando ser conhecedor desta área geográfica. Agradeço a visita.
Devo referir que esta quarta etapa que me levou de Penamacor até Pinhel foi preenchida por dois percursos muito diferentes. De início, até ao Sabugal, enfrentei uma interminável Serra pela qual trepei penosamente durante cerca de 20 Km, atingindo os 1300 metros de altitude e passando por muitas dores musculares e desânimo na progressão. Foi a subida pelo Terreiro das Bruxas e Santo Estevão. No Sabugal, uns bombeiros voluntários com quem me meti à conversa, revelaram as razões de altitude que justificavam o meu lamento atlético pelo muito frio que me tolhia as pernas e fazia tremer o dente.
Na segunda parte do percurso, passei por algumas subidas duritas a caminho do planalto de Leomil. Foi nessa fase que passei por Rapoula do Coa, onde almocei a minha sandes de paio à beira da estrada. Aqui beneficiei de uma generosa oferta de uma garagem para que, com mais privacidade, pudesse vestir mais uma camisola interior térmica, pois o frio teimava em não me abandonar.
Em Cerdeira do Coa, com a temperatura mais aliviada, abasteci de água e bebi dois nectares açucarados. A dona do café ofereceu-me gelo para os cantis. Mais à frente tive um encontro com uma velhota de preto e suas cabras que aqui já contei a propósito de papossecos e bijous.
Foi o percurso onde interagi mais com as pessoas locais e onde generosamente me ofereceram apoio de forma espontânea e desinteressada. Se o comentador monteperobolso, por acaso, é daquela região, é justo que receba este elogio das suas gentes.
Etapa 4, Penamacor-Pinhel, 93 Km, 5:59 Horas, 15,62 Km/h, 7239 Kca

ESCOLA


Escola Primária Nº 24 em Lisboa.

Já comecei a cumprir uma das tarefas mais agradáveis da minha paternidade: levar a pé pelo fresco da manhã o meu Vasco à escola.
(Podes sacar esta, Adriana.)

sexta-feira, setembro 14, 2007

MARIA JOÃO T.

Este postal é para a Maria João T., uma amiga que o trabalho trouxe ao meu convívio. Em boa hora.
Etapa 12, Ansião-Lisboa, 192 Km, 8:44 Horas, 22.08 Km/h, 9503 Kcal

quinta-feira, setembro 13, 2007

QUE PENA...

...o Brassard ter-se metido no meio.

quarta-feira, setembro 12, 2007

UM CANTINHO...

...do Mondego para a Susana que desconfio me venha trazer em breve novidades daquelas juradas nos requebros de alma induzidos por este tipo de paisagens.

Etapa 11, Mangualde-Ansião, 142 Km, 7:30 Horas, 19,52 Km/h, 7285 Kcal

terça-feira, setembro 11, 2007

SERRA DA NOGUEIRA


Esta tinha mais de dois metros. Não se devia ter metido comigo...
Etapa 8, Bragança-Chaves, 102 Km, 06:03 Horas, 16,92 Km/h, 6251 Kcal

CAMPOVIBORENSE...


...será um natural de lá.
Etapa 6, Freixo Espada à Cinta - Vimioso, 85 Km, 6:03 Horas, 14,03 Km/h, 6523 Kcal.

PEROFICÓSENSE...

... será o natural de lá.

Etapa 4, Penamacor-Pinhel, 93 Km, 5:59 Horas, 15,62 Km/h, 7239 Kca

segunda-feira, setembro 10, 2007

CERDEIRA

Em Cerdeira, perto da praia fluvial do Rio Noéme.
Etapa 4, Penamacor-Pinhel, 93 Km, 5:59 Horas, 15,62 Km/h, 7239 Kca

COW PARADE


Argozelo. A caminho de Bragança. Auto-confiança e majestade no menear d'anca e no abanar da teta. A diferença é que estas não estão anoréticas.

Etapa 7, Vimioso-Bragança, 56 Km, 3:33 Horas, 15,86 Km/h, 4027 Kcal.

CÚ DE JUDAS

Pois é, amigo Eduardo P.L.. Andei por locais que não lembram ao diabo.
Etapa 4, Penamacor-Pinhel, 93 Km, 5:59 Horas, 15,62 Km/h, 7239 Kca

NETO BRASILEIRO


Todos já ouvimos histórias das avoengas portuguesas por terras do Brasil. E nem sempre pelas razões mais elevadas. Com efeito, na transição para o sec. XX ocorreu uma grande emigração para o Brasil com proveniência nas terras mais remotas de Trás-os-Montes e Alto Douro. São normais, ainda hoje, as referências a Vinhais e a Mirandela como centros desse fenómeno. Ora, em Mirandela existe uma subespécie de 'asinus asinis'. É grande, barrigudo, peludo nos lombos, careca na zona da escassa mioleira e dotado de um olhar bovino com trejeitos maldosos que faz sempre recear a iminência de um coice maldoso ou de um peido alarve. E burro, tremendamente burro. Tão burrro. Ui, Nossa Senhora De Aparecida, tanto burro que ele é...
Dizem que o avô português do Scolari é da zona de Mirandela, mas não confirmei.
Mudando de assunto: na foto uma cena rural quando descia para Torre de D. Chama.
Etapa 8, Bragança-Chaves, 102 Km, 06:03 Horas, 16,92 Km/h, 6251 Kcal.

sexta-feira, setembro 07, 2007

CEPIXELESSE

Raramente fico cepixelesse, mas acontece.
Etapa 10, Régua - Mangualde, 119 Km, 8:33 horas, 14,02 Km/h, 9856 Kcal

CABREITO

Tinha passado por Tomar e aproximava-me de Santa Cita. No início da localidade não dei importância à placa toponímica e não parei, até porque vinha a andar pelos 30 à hora em plano, graças a um pastel de nata tamanho familiar e dois nectares da compal que antes metera. E, meus amigos, com o depósito alimentado a octanas daquelas...
Mas ocorreu-me uma anedota velha, velhinha, daquelas que se ouvem "dos antigos" nas tabernas de barril, a beijar os meio-tintinhos com a elegância equilibrada no mindinho em contra-peso, enquanto se joga ao paulitinho para a rodada. E tive que parar no final da localidade para registar a toponímica.
"Uma senhora foi ao médico e queixou-se que lhe doía o peito. O médico auscultou, apalpou, bateu com os dedos a ressoar o pulmão, mas nada. À cautela receitou uma pomada melhoral, das que não faz bem nem faz mal. Na semana seguinte a paciente apresentou-se com as mesmas queixas. Uma vez mais o diagnóstico foi inconclusivo. À terceira consulta, o médico teve um rasgo de suspeita e ordenou à paciente: "Minha senhora, diga cabrito". E ela disse: "Cabreito".
Etapa 12, Ansião-Lisboa, 192 Km, 8:44 Horas, 22.08 Km/h, 9503 Kcal

VISITAS

No segundo dia de viagem decidi fazer a minha afirmação política de princípio. Passei pelo Bush apenas para lhe dizer que nas minhas férias não precisava do petróleo dele, nem de nenhuma guerra que ele decidisse fazer para garantir o meu abastecimento. Pelo meu lado, a humanidade poderia ficar em paz por duas semanas.

Vaidosamente, senti que estava a fazer muito mais pela defesa do princípio do que os ecologistas da treta que só largam eloquentes postas de pescada retórica, enquanto não abdicam da sua locomoção bem cilindrada e da sua prática desportiva e de lazer no condicionado e nas saunas dos ginásios da moda. Sim, porque os ecologistas portugueses, todos eles, sonham (e alguns conseguem) comprar um BM 320 para fingir que já nasceram betos. Pois que isso da ecologia e da protecção do planeta é para ser feito lá longe, pelos brasileiros, que deveriam proteger muito mais a selva amazónica, obviando ao desaparecimento desse paraíso natural onde os ecologistas europeus adoram passar férias naturais e ecológicas depois de terem poluído meio planeta com o rasto de co2 largado pelo avião de ida e de volta.



Finda a catarse política, passei por casa do meu velho amigo, companheiro de tantas aventuras, o saudoso Major Jaime Eduardo de Cook.


Etapa 2, Abrantes- Castelo Branco (Retaxo), 94 Km, 5:36 Horas, 16,80 Km/h, 7154 Kcal

PORTAS DO RÓDÃO


Os postais ilustrados usam até à exaustão esta panorâmica do Rio Tejo, embora tenham o cuidado de não incluir a guarda da ponte. Eu deixei-a intencionalmente. Estava no segundo dia da viagem. Tinha deixado Abrantes pela manhã. Levara uma sova a subir para o Gavião. Almoçara em Nisa rodeado de moços que queriam saber se eu "era também das corridas" e se tinha "fugido ao pelotão". Enfim, alentejanices. Altas, porque se estava no Alto-Alentejo. Depois meti-me à contagem de 3ª Categoria do prémio da montanha. Outra sova. Até Castelo Branco ia passar pelo percurso da etapa desse dia da Volta Portugal em Bicicleta. E ia subir ininterruptamente até à zona de Cebolais. Foi nesta etapa que recebi o primeiro arzinho de montanha. O que se percebe, desde logo, pela média. Tanto que subi e desci desde então.
Etapa 2, Abrantes- Castelo Branco (Retaxo), 94 Km, 5:36 Horas, 16,80 Km/h, 7154 Kcal

quarta-feira, setembro 05, 2007

LAMEGO


Pausa em Lamego, sensivelmente a meio da subida de 30 Km que leva do Peso da Régua até ao cruzamento de Bigorne. Nesta etapa fui ajudado pelo Carlos Augusto e três primos dele que amavelmente me acompanharam na subida. Por vezes o Carlos Augusto empurrava-me, desesperado com o meu fraco andamento. É que ele, na Etapa da Volta para amadores e cicloturistas, fez segundo lugar na Senhora da Graça.
Etapa 10, Régua - Mangualde, 119 Km, 8:33 horas, 14,02 Km/h, 9856 Kcal

JANE TOMLINSON, 1964-2007


"It is with deep regret that I have to inform you that my loving wife Jane sadly passed away on Monday 3rd September in St Gemma's Hospice, Leeds. Mike Tomlinson"
Conforme salientei há cerca de um ano, mesmo depois de saber que sofria de cancro, Jane conseguiu a extraordinária façanha de ter atravessado os EUAmérica em bicicleta. Morreu há dois dias. Que descanse em paz.

ELISE e DRAGONESSO

Durante as muitas horas em solitário, o espírito navega, voa, flutua, voga ao sabor das preocupações, das saudades, das recordações ou dos estímulos visuais, auditivos ou odoríferos que fui encontrando. E tantas horas que eu tinha para me ir lembrando da minha malta, daqueles que, de uma forma ou de outra, preenchem e completam a minha existência de ser relacionado e gregário.
Em Barca Dalva deparei com este granítico emblema do FCPorto. O estímulo só poderia ter evocado de forma fulminante o simpático e amigo casal Elise-Nesso. Um abraço para ambos. Também os levei comigo na minha viagem, apesar de não ter passado pela Maia-cidade. Mas em algumas etapas levava vestida a roupa da LA-Alumínios-Mss-Maia.
Etapa 5, Pinhel-Freixo de Espada à Cinta, 70 Km, 4:38 Horas, 15 Km/h, 4250 Kcal

segunda-feira, setembro 03, 2007

SUMÁRIO

05.08.2007 - 17.08.2007 - Lisboa - Bragança -Lisboa

Etapa 1, Lisboa-Abrantes, 148 Km, 7:11 Horas, 20,17 Km/h, 9560 Kcal
Etapa 2, Abrantes- Castelo Branco (Retaxo), 94 Km, 5:36 Horas, 16,80 Km/h, 7154 Kcal
Etapa 3, Castelo Branco - Penamacor, 67 Km, 3:47 Horas, 18 Km/hora, 4570 Kcal
Etapa 4, Penamacor-Pinhel, 93 Km, 5:59 Horas, 15,62 Km/h, 7239 Kca
Etapa 5, Pinhel-Freixo de Espada à Cinta, 70 Km, 4:38 Horas, 15 Km/h, 4250 Kcal
Etapa 6, Freixo Espada à Cinta - Vimioso, 85 Km, 6:03 Horas, 14,03 Km/h, 6523 Kcal.
Etapa 7, Vimioso-Bragança, 56 Km, 3:33 Horas, 15,86 Km/h, 4027 Kcal.
Etapa 8, Bragança-Chaves, 102 Km, 06:03 Horas, 16,92 Km/h, 6251 Kcal.
Etapa 9, Chaves-Régua, 89 Km, 5:18 Horas,17,03 Km/hora, 5978 Kcal.
Etapa 10, Régua - Mangualde, 119 Km, 8:33 horas, 14,02 Km/h, 9856 Kcal
Etapa 11, Mangualde-Ansião, 142 Km, 7:30 Horas, 19,52 Km/h, 7285 Kcal
Etapa 12, Ansião-Lisboa, 192 Km, 8:44 Horas, 22.08 Km/h, 9503 Kcal

Totais
12 etapas na estrada acrescidas de um dia de descanso forçado em Mangualde por causa da chuva em 15.08.2007.
1265 Km registados no ciclo-computador - à excepção dos 32 Km entre Mangualde e Carregal do Sal por falha de pilhas.
Cerca de 73 horas a pedalar
Mais de 82 mil Kcal consumidas acima do metabolismo basal.

Edito a grelha do percurso de uma só vez para contextualizar melhor a viagem. E ilustro com uma das mais de 500 fotografias. Não exactamente a mais meritória do ponto de vista técnico, mas seguramente uma das mais espectaculares. Até pelo contexto de mais de 20 Km a subir de Barca Dalva para Freixo de Espada à Cinta. Do lado de lá do Rio é Espanha. Nesta ocasião como em muitas outras, encontrei-me em locais de onde se obtinham as fotografias para os postais ilustrados que alimentavam, em criança, o meu imaginário de distância, de aventura e de liberdade.

VOLTA DOS TRISTES



A expressão 'volta dos tristes' vulgarizou-se para significar o passeio de domingo à tarde que o pai de família obrigava mulher e filhos a fazer mais para treinar os seus duvidosos dotes de condutor recém-encartado do que para valorizar os conhecimentos geográficos da família. E os principais cruzamentos dos arredores de Lisboa encravavam-se durante horas para escoar essa abundância de compulsivos passeantes automobilístico. Agora, com o preço da gasolina, esses itinerários costumam andar mais desafogados.
No caso dos ciclistas, a 'volta dos tristes' corresponde àquele trajecto seleccionado por defeito, à falta de programa mais atraente.
A minha 'volta dos tristes' corresponde a ir a Azambuja tomar um café pela manhã.
Foram pouco mais de 100 Km em cerca de 4 horas e 4.000 Kcal. A estrada é quase plana e o percurso é pouco exigente. Ao meio-dia consigo estar em casa.
Em Vila Franca de Xira, cidade a 35 Km da minha casa e onde já passei algumas centenas de vezes sem parar - para lá porque nunca estou cansado, para cá porque estou quase a chegar e não quero estragar a média -, desta vez fiz uma pausa para fotografar o 'Monumento ao Toureiro, a Todos os Toureiros' conforme consta da respectiva legenda. Legenda ou pantalla, obviamente, que estas coisas dos touros - no Ribatejo, toiros - tem sempre uma pronúncia castelhana.